quinta-feira, 7 de julho de 2016

Dicas GRUPO MERA

30 - ESTUDANTE: Eu não consigo olhar para as pessoas, para meu marido, por exemplo, com os olhos do Espírito Santo, sem defeitos... Acho que nunca conseguirei isso...
GRUPO MERA: Isto precisa ficar claro: o Curso não nos pede para vermos as pessoas sem nenhum “defeito”, mas pede para que olhemos para nossas mentes e observemos porque determinados defeitos nos incomodam. Esses incômodos podem ser a chave para liberdade. Eles podem nos mostrar onde estão nossas necessidades especiais, às quais “a outra pessoa tem de” nos satisfazer.
Isso não quer dizer que estaremos condescendentes com alguns comportamentos ou buscando não olhar para as coisas que os outros fazem e não concordamos. Mas quer dizer que vamos nos lembrar de que elas as fazem porque acham que está certo e porque aprenderam assim. Ao mesmo tempo, vamos lembrando que a maneira como interpretamos os comportamentos é a nossa maneira de ver, a nossa percepção.
Assim, novamente, lembramos que “as coisas me incomodam porque eu as vejo dessa forma”. Olhar para o incômodo em nós mesmos é a retomada do nosso poder e o começo da solução do conflito.
Um exercício útil pode ser observar-se com a irritação em relação ao comportamento de uma pessoa. Mas, sem nenhuma tentativa de “correção” da visão, da opinião ou julgamento que temos. Pedir ajuda do Espírito Santo para ver a pessoa, seu comportamento ou a situação de outra forma, é a nossa função.
No entanto, é importante que nos lembremos de pararmos nesse ponto (pedir ajuda para ver de outra maneira) porque senão ficaremos envolvidos pela necessidade de acharmos os "pontos positivos" das pessoas e das situações. E não é esse o nosso papel. O Espírito Santo tem a visão de Deus sobre tudo e todos. Ele nos vê além do nosso comportamento. Tem a visão total, à parte da ilusão de todas as aparências. Nosso papel é entregarmos a Ele todo nosso julgamento.
Do Álbum: Dúvidas comuns ao estudar UCEM 
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sexta-feira, 22 de abril de 2016

Dicas GRUPO MERA

Do Álbum: Dúvidas comuns ao estudar UCEM 
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26 – ESTUDANTE: Comecei bem o dia conseguindo observar os meus pensamentos sobre todos os problemas familiares atuais. Existe uma cobrança da parte deles para mim e de mim para mim mesmo. Neste momento me parece que nunca fui um bom pai, que fiz tudo errado. Mas, estou percebendo que esse movimento é para me manter na posição de vítima. Encontro uma paz ao repetir a frase do meu exercício, mas logo volta o tumulto. Estou determinado a me observar mais, a treinar muito mais. Pedir ao Espírito Santo que me ajude a manter tudo isso em mente para que no final do dia não me sinta decepcionado comigo. Você tem alguma dica de como proceder para manter essas ideias quando a pessoa está trabalhando ou em outras atividades? Sinto que preciso me esforçar mais.

GRUPO MERA: Comece (atente-se, o verbo é começar) a perceber
o quanto tudo vira uma obsessão para você. Um alerta: isso não é uma crítica, é uma observação para que você comece a ver a origem de todos os problemas.

Quando o Curso nos pede pra sermos "observadores de nós mesmos, de nossas mentes", assim como pedimos nos exercícios que você tem feito conosco, não é pra virar uma obsessão. Será mais útil que, ao invés de você ficar preocupado em fazer suas tarefas perfeitamente, você se perdoar quando se esquecer delas. 

Jesus não pede que modifiquemos nossas vidas. Pelo contrário, ele pede pra que as levemos normalmente, interagindo com as outras pessoas e com as situações. Então, comece a ver esses impulsos de levar tudo "ao pé da letra" e a ver que eles são apenas mais uma forma de torturar a si mesmo.

Vou apontar mais algumas coisas para que possamos dar continuidade ao “raciocínio” a que nos propusemos. 

Observar seus sentimentos e pensamentos não é tentar se livrar deles.
No outro e-mail você repetiu várias vezes que não sabe como não ficar com raiva em determinadas situações. Eu não disse pra você não ficar com raiva ou tentar substituí-la por qualquer outra coisa. O que conversamos foi que todos nós temos raiva porque esse é um sentimento que faz parte da natureza humana. Essa tentativa de não sentir ou substituir algo que “não é bom” de se sentir faz um tumulto maior nos pensamentos. 

Importante: é impossível estar atento a todos os seus pensamentos. Uma hora dessas, você vai entender que isso realmente não é necessário. 

Nossa tarefa é não esconder esses sentimentos de nós mesmos e do Espírito Santo.
Eles serão naturalmente abandonados e substituídos enquanto vamos concluindo que eles são, na verdade, sem sentido. A substituição é feita pelo Espírito Santo, sempre.

Não existe uma "dica" para quando estamos trabalhando e queremos manter as ideias, o treino. Quando pedimos ajuda, somos ajudados sempre. O que mais acontece é que não “reconhecemos” a ajuda porque nós, normalmente, determinamos como ela deveria ser... Daí, não a reconhecemos.

Quanto à urgência em resolver seus problemas com seus familiares, pense comigo. Se você estiver calmo, sem tantos pensamentos de culpa sobre a necessidade de ajudar, pode tentar achar uma resposta sobre como ajudar.
Para cada problema que aparece com o recado "precisa ser resolvido agora", você pode pensar: o que de pior pode acontecer se não for resolvido neste momento? E comece a se lembrar de que eles estão aí desde longa data.

Sobre nossa “evolução”, com Um Curso em Milagres nossa maneira de pensar necessariamente muda para "nós já somos os filhos perfeitos de Deus apenas esquecidos disso". Com o Curso vamos tirando todas as nuvens que encobrem essa verdade em nossas mentes.


GRUPO MERA

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Sendo gentis e leves conosco

O próprio fato de que estamos aqui, em um corpo, identificando-nos como estudantes de Um Curso em Milagres, nos diz que somos criaturas do medo, pois apenas o amedrontador vem ao sonho que é esse mundo:
O medo é a única emoção do mundo. Suas formas são muitas – chame-os do que quiser -, mas elas são uma em conteúdo... Cada [sonho] contém o medo todo, o oposto do amor, o inferno que oculta a memória de Deus, a crucificação do Seu Filho santo (As Dádivas de Deus, p. 115-116).
No entanto, apesar dos aspectos amedrontadores da estrada que leva para fora do mundo, o caminho do perdão é fácil e gentil, pois ele nos pede tão pouco. Como Jesus diz em seu curso:
Esse curso não requer quase nada de ti. É impossível imaginar outro que peça tão pouco ou que possa oferecer mais (T-20.VII.1:10-12).
Não somos solicitados a mudar a nós mesmos ou a desempenhar feitos espirituais hercúleos, mas meramente a olhar para o ego sem julgamento:
O perdão... é quieto e na quietude nada faz... Apenas olha e espera e não julga (LE-pII.1.4:1, 3-4).
Nenhum esforço é requerido, portanto, exceto para desfazer nossa resistência a esse processo gentil e fácil, nascido do medo de perder nossa identidade especial. É esse medo de ser sem especialismo que faz com que a gentileza e o perdão se tornem uma experiência de dor e dificuldade. E, no entanto, até mesmo aqui não somos solicitados a lutar contra esse medo, que é por que Jesus nos diz:
E se achares que a tua resistência é muito forte e que a tua dedicação é pouca, não estás pronto. Não lutes contigo mesmo (T-30.I.1:7-8).
Somos nós que tornamos esse processo de desfazer difícil, simplesmente por nossas reações ao ego. Recordem-se do problema original:
Na eternidade, onde tudo é um, introduziu-se uma ideia diminuta e louca, da qual o Filho de Deus não se lembrou de rir. Em seu esquecimento, esse pensamento passou a ser uma ideia séria, capaz de ser realizada e de ter efeitos reais (T-27.VIII.6:3-6).
O problema não foi a diminuta e louca ideia de ser separado de Deus, mas, ao invés disso, escolher ouvir o ego e levá-lo a sério. Extrapolando para nossas experiências diárias, o problema nunca são as formas – a manifestação externa da culpa -, mas nossas reações internas a esses problemas. Em outras palavras, não somos solicitados a negar o que nossos olhos veem, mas apenas a interpretação do ego para o que eles veem; escolher a visão em detrimento do julgamento. Portanto, pedir a Jesus para nos ajudar com nossa resistência significa olhar para ela sem julgamento. Ela não é um pecado a ser temido – “Tu não pecaste, mas tens estado equivocado” (T-19.IV-B.11:8) -, mas julgar-se por isso torna o erro um pecado, que nós acreditamos merecer punição, não correção. Nesses contextos, “lembrar-se de rir” significa ser capaz de perdoar a si mesmo por ter medo da verdade. Uma vez que todos os nossos erros são um, perdoando uma expressão, perdoamos todas. Todos os erros são um único erro; todas as correções são uma Correção – não importando suas formas:
O diminuto tic-tac do tempo no qual foi feito o primeiro equívoco e todos eles dentro desse único, também continha a Correção daquele equívoco e de todos os que vieram dentro do primeiro (T-26.V.3:6-9).
Essa compreensão é maravilhosamente libertadora, pois ela nos permite não sermos afetados pelas muitas vicissitudes do nosso mundo sempre em mutação. Não importando os eventos externos ou os humores mutáveis dos que estão ao nosso redor, podemos permanecer em paz, se assim escolhermos. Portanto, podemos ser gentis conosco, pois nossas vidas se tornam fáceis tão logo aprendemos de Jesus a unidade de todos os relacionamentos e eventos – não em forma, mas em conteúdo. Seu amor dentro de nossas mentes permanece constante, e é a fundação da nossa resposta gentil a todas as circunstâncias em nossas vidas. Portanto, somos libertados da terrível e infindável carga de tentar tornar o imperfeito perfeito, o que pode ser comparado a tentar encher uma peneira com água – uma tarefa ingrata e sem esperanças, a maior que já houve. Então, somos libertados do plano do ego para distrair nossa atenção da mente – a fonte do problema e a resposta –, para nos focalizarmos apenas no externo, junto com as dificuldades da vida no corpo. Mas, ver o problema apenas na escolha errada da mente pelo ego, e a solução apenas na escolha da mente corrigida pelo Espírito Santo, simplifica nossa vida por unificar nossa sala de aula. Jesus nos convida a compartilhar sua gentileza ao olharmos com ele para a decisão da mente, perdoando nossos erros enquanto somos gratos por nossas lições fáceis.
Se, entretanto, não formos gentis e leves conosco, capazes de olhar além das nossas expressões de medo, como poderíamos então ser gentis e leves com os outros? No final, é claro, o perdão é um – quer perdoemos outro ou a nós mesmos. Aprendendo a perdoar gentilmente nossos próprios egos, o processo de fazer o mesmo para os outros se torna fácil. E, então, nós mudamos nossa atenção para as expressões externas do nosso relacionamento especial com o ego; o meio que esse curso usa para curar a mente.” (...)
(MEIO GENTIS E TAREFAS FÁCEIS-Volume 16-Nº 2-junho 2005-Kenneth Wapnik)

domingo, 29 de novembro de 2015

Sobre o medo do que pensas...

“Todos experimentam medo. No entanto, seria preciso um pequeno pensamento certo para reconhecerem porque o medo ocorre. Poucos apreciam o poder real da mente, e ninguém permanece plenamente ciente dele o tempo todo. Porém, se esperas poupar-te do medo, existem certas coisas que tens que reconhecer e reconhecer plenamente. A mente é muito poderosa e nunca perde a sua força criativa. Ela nunca dorme. A cada instante, está criando. É duro reconhecer que o pensamento e a crença se combinam em uma onda de poder que pode literalmente mover montanhas. À primeira vista parece que acreditar em tal poder acerca de ti mesmo é arrogância, mas não é essa a razão real pela qual não acreditas nisso. Preferes acreditar que os teus pensamentos não podem exercer influência real porque, de fato, tens medo deles. Isso pode diminuir a tua consciência em relação à culpa, mas ao custo de perceberes a mente como impotente. Se acreditas que o que pensas não tem efeito, podes deixar de ter medo do que pensas, mas dificilmente estás propenso a respeitar teu pensamento. Não existem pensamentos vãos. Todo pensamento produz forma em algum nível.” 

UCEM-T-2.VI.9

O ato de perdoar

‎"O ato de perdoar é algo que temos de fazer voluntariamente, porém precisamos pedir ajuda. 

Por exemplo, podes dizer: 

"Pai, aonde estou agora mesmo não posso perdoar a essa pessoa, ajuda-me com Teu entendimento e amor a ver meu irmão com os Teus olhos!"

Diz tua verdade ao Espírito. Tens que ir a Ele com absoluta honestidade; e não pretendas conceder um perdão que é falso, que te engana, algo assim como: "Sim, já o/a perdoei”, sabendo que não é verdade. 

É necessário que não ocultes ao Espírito Santo aonde te encontras, senão não lhe estás dando a oportunidade para que Ele possa sanar tua mente e corrigir a situação. 

Se não estás disposto a perdoar, diga-lhe exatamente isso, diga-lhe a verdade. Uma vez que Lhe tenhas dito a verdade, algo milagroso sucede."

Rosa María Wynn

terça-feira, 11 de agosto de 2015

A decisão a favor da inculpabilidade



1. O aprendiz feliz não pode sentir-se culpado em relação ao aprendizado. Isso é tão essencial ao aprendizado que não deveria ser esquecido nunca. O aprendiz sem culpa aprende com facilidade porque seus pensamentos são livres. No entanto, isso implica o reconhecimento de que a culpa é interferência, não salvação e não serve a absolutamente ne-nhuma função útil.

2. Talvez estejas acostumado a usar a inculpabilidade apenas como paliativo para a dor da culpa e não a consideras como algo de valor em si mesmo. Acreditas que tanto a culpa quanto a inculpabilidade têm valor, cada uma delas representando uma fuga daquilo que a outra não te oferece. Não queres nenhuma das duas sozinha, pois sem ambas não vês a ti mesmo como alguém íntegro e, portanto, feliz. Entretanto, tu só és íntegro na tua inculpabilidade e só na tua inculpabilidade podes ser feliz. Não há conflito aqui. Desejar a culpa em qualquer forma, de qualquer modo, fará com que a apreciação do valor da tua inculpabilidade seja perdida e a afastará da tua vista.

3. Não há nenhuma transigência que possas fazer com a culpa e ainda assim escapar da dor que só a inculpabilidade alivia. Aprender é viver aqui, assim como criar é estar no Céu. Sempre que a dor da culpa parecer atrair-te, lembra-te que se cederes a ela, estás te decidindo contra a tua felicidade e não aprenderás como ser feliz. Dize, portanto, a ti mesmo, gentilmente, mas com a convição que nasce do Amor de Deus e de Seu Filho:

O que eu experimento eu manifestarei.
Se não tenho culpa, nada tenho a temer.
Escolho testemunhar minha aceitação da Expiação, não sua rejeição.
Aceitarei minha inculpabilidade tornando-a manifesta e compartilhando-a.
Que eu traga ao Filho de Deus a paz de seu Pai.

4. A cada dia, a cada hora, a cada minuto, e até mesmo a cada segundo estás te decidindo entre a crucificação e a ressurreição, entre o ego e o Espírito Santo. O ego é a escolha a favor da culpa, o Espírito Santo, a escolha pela inculpabilidade. Tudo o que é teu é o poder de decisão. Aquilo entre o que decides é fixo, porque não existem alternativas exceto verdade e ilusão. E não há nada que coincida entre elas, pois são opostos que não podem ser conciliados e não podem ser ambos verdadeiros. Tu és culpado ou sem culpa, preso ou livre, feliz ou infeliz.

5. O milagre te ensina que escolheste a inculpabilidade, a liberdade e a alegria. Não é uma causa, mas um efeito. É o resultado natural da escolha certa, atestando a tua felicidade que vem da escolha de estar livre da culpa. Todos aqueles a quem ofereces a cura a devolvem. Todos aqueles a quem atacas, guardam e valorizam esse ataque mantendo-o contra ti. Se fazem isso ou não, não fará nenhuma diferença, tu vais pensar que fazem. É impossível oferecer o que não queres sem essa penalidade. O custo de dar é receber. Ou uma penalidade que te fará sofrer, ou a aquisição feliz de um tesouro a ser valorizado.

6. Nenhuma penalidade é jamais imposta ao Filho de Deus, exceto por ele mesmo e a partir dele mesmo. Toda chance de curar que lhe é dada é uma nova oportunidade de substituir as trevas pela luz e o medo pelo amor. Se ele recusa isso, se prende às trevas, porque não escolheu libertar o seu irmão e com ele entrar na luz. Ao dar poder ao nada, joga fora a feliz oportunidade de aprender que o nada não tem poder. E por não ter dissipado as trevas, passou a ter medo das trevas e da luz. A alegria de aprender que as trevas não têm poder sobre o Filho de Deus é a lição feliz que o Espírito Santo ensina e quer que ensines com Ele. Ensinar isso é a Sua alegria assim como será a tua.

7. A forma de ensinar essa simples lição é simplesmente a seguinte: inculpabilidade é invulnerabilidade. Portanto, faze com que a tua invulnerabilidade se manifeste para todas as pessoas. Ensina ao outro que não importa o que ele tente te fazer, o fato de estares perfeitamente livre da crença na qual é possível seres prejudicado, mostra-lhe que ele é sem culpa. Ele nada pode fazer que possa ferir-te, e por recusar-te a permitir que ele pense que pode, tu lhe ensinas que a Expiação que aceitaste para ti mesmo também é sua. Nada há a perdoar. Ninguém pode ferir o Filho de Deus. A sua culpa é totalmente sem causa e, não tendo causa, não pode existir.

8. Deus é a única Causa e a culpa não é de Deus. Não ensines a ninguém que ele te feriu, pois se o fizeres, estás ensinando a ti mesmo que o que não vem de Deus tem poder sobre ti. O que não tem causa não pode ser. Não o testemunhes e não fomentes a crença nisso em mente alguma. Lembra-te sempre que a mente é uma só e a causa é uma só. Só aprenderás a comunicação com essa unicidade quando tiveres aprendido a negar o que não tem causa e aceitar a Causa de Deus como tua. O poder que Deus deu ao Filho é dele, e nenhuma outra coisa pode o Filho de Deus ver ou escolher contemplar sem impor a si mesmo a penalidade da culpa no lugar de todos os ensinamentos felizes que o Espírito Santo quer lhe oferecer com contentamento.

9. Sempre que escolhes tomar decisões por conta própria estás pensando de maneira destrutiva e a decisão estará errada. Ela irá ferir-te devido ao conceito de decisão que levou a ela. Não é verdade que tu possas tomar decisões por ti mesmo ou para ti mesmo sozinho. Nenhum pensamento do Filho de Deus pode ser separado ou isolado em seus efeitos. Toda decisão é tomada por toda a Filiação, dirigida para dentro e para fora e influencia uma constelação mais ampla do que qualquer coisa que jamais possas ter sonhado.

10. Aqueles que aceitam a Expiação são invulneráveis. Mas aqueles que acreditam que são culpados vão responder à culpa, por que pensam que ela é a salvação e não se recusarão a vê-la e alinhar-se ao lado dela. Eles acreditam que, aumentando a culpa, estão se auto-protegendo. E falharão em compreender o simples fato de que aquilo que não querem não pode deixar de feri-los. Tudo isso surge porque não acreditam que o que querem é bom. No entanto, a vontade lhes foi dada porque é santa e trará a eles tudo aquilo de que necessitam, vindo tão naturalmente quanto a paz que não conhece limites. Não há nada que a sua vontade falhe em prover, que lhes ofereça qualquer coisa de valor. Apesar disso, porque não compreendem a própria vontade, o Espírito Santo em quietude a compreende por eles e lhes dá o que querem sem esforço, tensão ou a carga impossível de decidir sozinhos o que querem e precisam.

11. Nunca acontecerá que tenhas que tomar decisões sozinho. Não estás desprovido de ajuda, tens a Ajuda que conhece a resposta. Irias te contentar com pouco, que é tudo que sozinho podes oferecer a ti mesmo, quando Ele, Que te dá tudo, simplesmente te oferece tudo? Ele nunca perguntará o que é que fizeste para seres digno da dádiva de Deus. Portanto, não perguntes isso a ti mesmo. Ao contrário, aceita a resposta do Espírito Santo, porque Ele tem o conhecimento de que és digno de todas as coisas que são a Vontade de Deus para ti. Não tentes escapar da dádiva de Deus, a qual Ele tão livre e alegremente te oferece. Ele não te oferece senão o que Deus deu a Ele para ti. Não tens necessidade de decidir se és digno ou não dessa dádiva. Deus sabe que és.

12. Irias tu negar a verdade da decisão de Deus e colocar a tua apreciação lamentável de ti mesmo no lugar da Sua avaliação calma e inabalável em relação ao Seu Filho? Nada pode abalar a perfeita convição de Deus da pureza de tudo o que Ele criou, pois é totalmente puro. Não te decidas contra ela, pois sendo Dele, não pode deixar de ser verdadeira. A paz habita em toda a mente que aceita em quietude o plano que Deus traçou para a sua Expiação e abandona o seu próprio. Não conheces a salvação, pois não a compreendes. Não tomes decisões a respeito do que ela é ou de onde está, mas pergunta tudo ao Espírito Santo e deixa todas as decisões ao Seu gentil conselho.

13. Aquele Que conhece o plano de Deus, o plano que Deus quer que sigas, pode te ensinar qual é. Só a Sua sabedoria é capaz de guiar-te para que o sigas. Toda decisão que tomas sozinho só vai significar que queres definir o que é a salvação e do que queres ser salvo. O Espírito Santo sabe que toda salvação é escapar da culpa. Tu não tens nenhum outro "inimigo" e contra essa estranha distorção da pureza do Filho de Deus, o Espírito Santo é o teu único Amigo. Ele é o forte protetor da inocência que te liberta. E é Sua decisão desfazer todas as coisas que iriam obscurecer a tua inocência na tua mente desanuviada.

14. Permite que Ele seja, portanto, o único Guia que queres seguir para a salvação. Ele conhece o caminho e te conduz com contentamento por ele. Com o Espírito Santo não falharás em aprender que o que Deus quer para ti é a tua vontade. Sem a Sua orientação, acharás que sabes sozinho e decidirás contra a tua paz tão certamente quanto decidiste que a salvação está apenas em ti. A salvação é Dele, a Quem Deus a deu para ti. Ele não a esqueceu. Não O esqueças e Ele tomará todas as decisões por ti, pela tua salvação e pela paz de Deus em ti.

15. Não busques avaliar o valor do Filho de Deus, a quem Ele criou santo, pois fazê-lo é avaliar o teu Pai e julgar contra Ele. E te sentirás culpado por esse crime imaginário, que ninguém nesse mundo ou no Céu poderia cometer. O Espírito Santo ensina apenas que o "pecado" da auto-substituição no trono de Deus não é uma fonte de culpa. O que não pode acontecer não pode ter efeitos a serem temidos. Fica quieto na tua fé Naquele Que te ama e quer te conduzir para fora da insanidade. A loucura pode ser a tua escolha, mas não a tua realidade. Nunca esqueças do Amor de Deus, Que Se lembrou de ti. Pois é, de fato, impossível que Ele pudesse jamais permitir que Seu Filho caísse da Mente amorosa dentro da qual foi criado e onde sua morada foi fixada em perfeita paz para sempre.

16. Apenas dize ao Espírito Santo: "Decide por mim" e assim será feito. Pois as Suas decisões são reflexos do que Deus conhece sobre ti e nesta luz qualquer tipo de erro vem a ser impossível. Por que irias esforçar-te tão freneticamente para antecipar tudo o que não podes conhecer, quando todo o conhecimento está por trás de cada decisão que o Espírito Santo toma por ti? Aprende sobre a Sua sabedoria e o Seu Amor e ensina a Sua resposta a todos aqueles que se debatem no escuro. Pois decides por eles e por ti mesmo.

17. Como é amável decidir todas as coisas através Daquele Cujo amor igual é dado a todos igualmente! Ele não deixa ninguém fora de ti. E assim Ele te dá o que é teu, porque o teu Pai quer que tu o compartilhes com Ele. Em todas as coisas, sê conduzido por Ele e não reconsideres. Confia em que Ele responderá rapidamente, seguramente e com Amor por todos aqueles que forem de qualquer forma tocados pela decisão. E todos o serão. 'Tomarias para ti a responsabilidade total de decidir o que pode trazer só o bem a todas as pessoas? Terias conhecimento disso?

18. Tu ensinaste a ti mesmo o hábito mais desnaturado de não te comunicares com o teu Criador. No entanto, permaneces em estreita comunicação com Ele e com tudo o que está dentro Dele, assim como está dentro de ti. Desaprende o isolamento através da Sua orientação amorosa e aprende sobre toda a comunicação feliz que puseste fora, mas não poderias perder.

19. Sempre que estiveres em dúvida quanto ao que deverias fazer, pensa na Sua Presença em ti e dize a ti mesmo isso e apenas isso:

Ele me guia e conhece o caminho, que eu não conheço.
Entretanto, Ele nunca afastará de mim aquilo que quer que eu aprenda.
E por isso eu confio Nele para comunicar-me tudo o que Ele conhece por mim.

Então, deixa que Ele te ensine em quietude como perceber a tua inculpabilidade que já está presente.

Um Curso Em Milagres
Capítulo 14 - III

domingo, 9 de agosto de 2015

O que perguntar a Ele realmente faz...

Assassinato e opressão são claramente insanos no pensamento do mundo, mas ser “útil”, pelo fato de você pensar que sabe o que é melhor para as pessoas, é tão insano quanto.

Jesus não está dizendo que não podemos fazer coisas em nosso mundo pessoal, ou no mundo como um todo. Ele só está dizendo: “Não presuma que você sabe o que deveria fazer. Pergunte-me primeiro”. 

O que perguntar a Ele realmente faz é tirar o seu ego do caminho. 

A maneira de perguntar a ele o que você deveria fazer em um nível comportamental é primeiro olhar com ele para o que o ego está tentando fazer. Olhar para o investimento que o seu ego tem em seu especialismo. 

Quando você pode olhar para isso com o gentil amor de Jesus ao seu lado, seu especialismo começa a desaparecer. Conforme ele começa a desaparecer, você vai se tornar cada vez mais capaz de ouvir sua voz. Então, o foco não está em ouvir sua voz: o foco está em desfazer a interferência a ouvir sua voz.